Rosane Porto
Era
apenas um fio de barbante...
Um
fio, do jeito que pode ser:
Fino
como são as coisas que parecem frágeis,
longo
como a espera por algo que se quer muito ver acontecer ou chegar,
solitário
como o vento em noite sem luar,
resistente
como a onda do mar que abraça, insistentemente, a praia...
Era,
apenas uma bola...
Uma
bola, do jeito que pode ser:
Esférica
como são os grandes amores...
E um elefante...
Um
elefante????
Sim!
Um elefante do jeito que pode ser:
Forte
e grande como o vazio esculpido pela saudade...
E
a bola se apoiava no fio e o fio sustentava a bola...
Mas...
Quem
suportava o elefante?
Quem?
Era
apenas um homem...
Um
homem, do jeito que pode ser um homem capaz de suportar um elefante:
Um
equilibrista...
Feliz...
como
bolha de sabão viajando pelo ar,
como
folha dançando no vento em manhã de primavera...
Triste...
como
não acreditar em fadas,
como
dia cinzento,
como
balanço sem criança...
Sim!
Um equilibrista do jeito que tem que ser:
frágil
como o fio,
forte
como o elefante,
incrível
como ele mesmo!
Dedicado
ao Marlon, que deu vida às minhas palavras, grande inspiração que fez este
texto nascer...
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